segunda-feira, maio 29, 2006

Música para casais- parte 3 (Vai encarar?)

Ok, não dedico o tempo e a atenção que gostaria a esse blog. Gosto dele e gosto de escrever, mas realmente não tá dando tempo pra muita coisa. E, enquanto isso, vou pegando carona no tema dos outros.
Meu caro Guilherme falou sobre quando o amor acaba e vou me dar o direito de dar uma esnobada nessas sugestões de música de dor-de-cotovelo que ele colocou aí pra inserir A MÚSICA de dor-de-cotovelo e que serve pra todos os tipos de dores também. Aliás, dor em "Pedaço de mim" é apelido. Licença também ao blog, que é posh, é punk, e tudo mais, só que essa música estraçalha muito maisdo que qualquer volume alto de garagem.

Pedaço de mim (Chico Buarque)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar
Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais
Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu
Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi
Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Lava os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

domingo, maio 28, 2006

Yeah Yeah Yeahs! :: Fever to Tell



A banda Yeah Yeah Yeahs está lançando o seu segundo CD "Show Your Bones", antes de comentá-lo, faremos uma revisão do seu primeiro CD "Fever to Tell". Farei isso po dois motivos: o primeiro é que em 2003, quando foi lançado o Fever to Tell, o cenário musical estava muito turbulento e confuso com White Stripes, Raveonettes e outras bandas que assim que apareciam na mídia ganhavam o título de "melhor banda de todos os tempos"; o segundo é que aposto que muitos leitores sequer ouviram falar em Yeah Yeah Yeahs.


Maps

Essa é música mais calminha do calminha do CD que apesar de tratar de amor, acaba se destacando com seus barulhinhos e arranjo não convencional. Quando digo que ela se destaca, não é apenas dentro do próprio CD, que é bem nervoso, mas acaba sendo simplesmente uma boa musica que por acaso trata de amor.


Tick

Essa é a melhor musica do CD. Tenho que revelar que esse CD estava encostado há um bom tempo, e que só aprendi a apreciar melhor essa musica depois que minha amiga Bruna da faculdade me chamou a atenção para ela. A musica não tem um verso nem um refrão, ela está sempre te surpreendendo sobre o que virá em seguida sem nunca deixar animação baixar (provavelmente por causa do bumbo batendo forte marcando o passo da musica). Tick, tick, tick...


Date With The Night

Essa é a musica para colocar todos pra dançarem, os riffs de guitarra são marcantes e a cantora Karen O entrega mais que apenas notas musicais quando está cantando. O negócio é fechar os olhos e entrar na viagem.


Você pode escutar essas musicas na Rádio Posh-Punk. Em breve a crítica do “Show Your Bones”.

quinta-feira, maio 25, 2006

Homem é encontrado em banheira de motel sem os rins.

















Segundo a Wikipedia, (a enciclopédia livre da internet, para quem não conhece), lendas urbanas “são pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, através de e-mails ou da imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno. São freqüentemente narradas como sendo fatos acontecidos a um "amigo de um amigo" ou de conhecimento público”. O título desse post é o de uma famosa lorota que circulou pela internet há alguns anos atrás.

A mais famosa lenda urbana que conheço é a de que o Brasil é um “país do futuro”. Se não temos nem passado e, muito menos, presente, como podemos ter um futuro? Bem, mas isso não vem ao caso, foi só um exemplo para ilustrar.

A segunda maior que eu já ouvi é a de que a Legião Urbana é a melhor banda de rock deste país sem “foi”, “é” ou “será”. Você já deve ter ouvido também. Quase dá para acreditar. Quem conta demonstra uma sinceridade inocente que às vezes até pode deixar em dúvida. Mas não se iluda, é mentira. Ou melhor, lenda.

Até dá para entender que isso acontecesse nos imortais (quando vão acabar com esse revival ruim, hein? Já perdeu a graça) anos 80. O negócio estava tão russo por aqui que pegaram o Renato Russo (desculpem o péssimo trocadilho) para ícone de uma geração.

Tudo bem, comparando com outros contemporâneos como Biquíni Cavadão, Capital Inicial, Engenheiros do Havaí, e Kid Abelha, até que a Legião Urbana era das menos fraquinhas mesmo (mas o Ultraje à Rigor era disparado o melhor). O problema é que, vinte anos depois, Renato Russo foi alçado ao posto de “poeta” e seu grupo virou um “ídolo” de adoração para muitos.

Nem tenho nada contra a banda. Algumas músicas como “Tempo Perdido” e “Vento no Litoral” até me agradam e eu gosto. Só que, diferente do que dizem, Renato está longe de ser um mestre da poesia. Sim, eu ouvi as letras (fã de Legião sem argumento sempre vem com essa de “ver a letra”). A de “Vamos Fazer Um Filme” é essa maravilha aqui: “O sistema é mau, mas minha turma é legal/Viver é foda, morrer é difícil/Te ver é uma necessidade/Vamos fazer um filme.” Com certeza eu não faria um filme com o Renato Russo.

Ele é mais um contador de estórias. Algumas engraçadinhas como “Eduardo e Mônica” e outras que ficariam melhores em um livro (mas eu não compraria de jeito nenhum) como “Faroeste Caboclo”.

Para ser sincero, a mídia e os fãs é que são “culpados” por essa “idealização” toda. Os músicos só queriam fazer o som deles e pronto, não se propunham a ser geniais ou coisa do tipo. Só que os meios de comunicação disseram que é “excepcional”, “de qualidade indiscutível”, “grandes artistas” e aí uma meia dúzia de zés -manés acreditou e espalhou a fofoca. Pronto, virou lenda.

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Quer tirar a prova dos nove sobre as músicas do Legião Urbana? Então ouca-as aqui mesmo na Rádio Posh Punk e depois diga se concorda ou não comigo.

Musicas para casais – Parte 2



Faltou falar de quando o amor acaba. As chances de que um relacionamento dê certo é de uma a cada dez, se não for pior.

Escolhi duas musicas que representam o lado feminino e o lado masculino da merda.

PJ Havey – Rid of Me

A primeira musica retrata a doença feminina que não consegue se convencer quando algo terminou como em “I'll tie your legs / Keep you against my chest / Oh you're not rid of me / Yeah you're not rid of me” (Vou amarrar as suas pernas e mante-lo contra o meu peito, oh você não se livrou de mim. Sim, você não se livrou de mim). E não pára por ai. Todo mundo sabe que quando uma mulher quer ser psicótica e vingativa, ela consegue! “I'll make you lick my injuries / I'm gonna twist your head off, see? / Till you say don't you wish you never never met her” (Vou faze-lo lamber as minhas feridas, vou torcer a sua cabeça, viu? Até você dizer, que queria nunca, nunca te-la conhecida). A musica ainda conta com aquele ritmo quebrado gostoso que só a PJ Harvey sabe fazer e tem uma variação muito grande de volume da parte mais calma para a parte mais raivosa que pode incomodar em determinadas ocasiões. A cereja do bolo é a respirada “Night and day I breathe / ha ha, he, hey” de mais uma grande musica de Polly Jean.



Soft Cell - Tainted Love

Essa é a típica musica do homem que quer a mulher, mas ela só quer ele como peguete (peguete vem de quer dar uns pegas só de vez em quando) “The love we share / Seems to go nowhere” (o amor que compartilhamos parece não chegar a luar algum). O recalque é uma forte marca do rapaz frustrado que não entendeu que é apenas um peguete “I give you all a boy could give you / Take my tears and that’s not nearly all / Oh...tainted love” (Te dou tudo que
um garoto pode dar, tome as minhas lágrimas e isso nem é tudo, oh amor doentio). A versão do Soft Cell é boa, mas a do Marilyn Manson é muito melhor!

domingo, maio 21, 2006

Vanessa da Mata - Ai, ai, ai…



Quando ouvi essa musica Ai, ai, ai... da Vanessa da Mata pensei que fosse a Gal Costa cantando. Os timbres de voz são muito parecidos, apesar de que a desde o Acústico, a Gal ter ficado técnica demais e sem emoção.

Pois bem, estava hoje vendo a reprise do Prêmio Multishow e acompanhei a apresentação ao vivo da Vanessa da Mata. Já tinha visto uma apresentação dela no programa Altas Horas do Serginho Groisman e essa segunda vez reforçou as impressões que tive. Vanessa da Mata ao vivo deixa muito a desejar. Não só a voz fica vazia, mas nos momentos em que a musica exige tons graves, fica duro de agüentar a desafinação, os poucos recursos da cantora e a falta de potência da Vanessa. Nesta apresentação do Multishow ela bem que tentou, o publico ajudou cantando essa musica que é animada e tal, mas o resultado final foi um desastre. Ruim pacas.

Se Vanessa da Mata participasse do programa American Idol, o juiz Simon Cowell diria que ela “Simply not good enough for this competition” (simplesmente não é boa o suficiente para essa competição). E Ele teria razão. Pra catar esse tipo de musica, A sublime MPB, é necessária afinação de cabo a rabo.

Conclusões:
O engenheiro de som fez um ótimo trabalho no CD pra esconder as deficiências da cantora.

Britney Spears dança e tem a humildade de colocar um playback nas suas apresentações ao vivo.

Olá

De volta ao blogspot, dessa vez cheio dos recursos. No meu tempo (ha ha ha) não tinha botãozinho de negrito, de justificar, nem nada disso não. Bom ver que as coisas melhoraram.
Depois desse conversa pra boi dormir (eu não poderia deixar de demonstrar minha reação às novidades), vamos ao que interessa.
No primeiro post, por falta de assunto, vou fazer uns adendos às observações dos meus caros colegas.
Lydia Lunch. Também não sei muito sobre ela, mas o suficiente pra colocar aquele selo de aprovação. Nem sabia de que época ela viera aliás. Conheci através das ligações com o Sonic Youth, o que já é uma excelente referência.
Tenho um disco só, "Champagne, cocaine, nicotine stains" que conta com apenas quatro músicas, todas elas fantásticas. A voz da moça é um primor só. O timbre lembra um pouco justamente a Kim Gordom. Na música gravada com o Sonic Youth, Death Valley '69, o duo de vocais, no entanto, não é com ela, mas com o Thurston Moore. Música excelente, que está no excelente álbum "Bad moon rising".

O amor, oh o amor....
Sobre o músicas para casais, vou colocar uns adendos. E falando em Placebo, "Without you i´m nothing" é uma bela canção de amor. Dramática, como eu gosto. E certeira nas necessidades de um par.

"Not enough time". Vou colocar a letra antes para que não minimizem a canção logo de cara por causa da banda. Mais drama. E também uma música diretas, como "Be my wife", do Bowie.
"If i could just be everything and everyone to you / This life would just be so easy / Not enough time to all that i want from you / not enough time to every kiss, every touch, all the nights, i wanna be inside you".
É do INXS.

Falando em Beatles, não necessariamente uma música para casaizinhos, mas de um homem apaixonado em ode a sua amada. "Woman", do Lennon. Quem não conhece, faça-me o favor...

Falando em Depeche Mode, um disco inteiro de músicas de amor e um pouco de religião, fé e coisa que o valha. "Songs of faith and devotion".
"I feel you", "Condemnation" e sobretudo "In your room".
"I´m hanging on your words, leaving on your breath, feeling with your skin, will i always be here". Mais aquele esquema de devoção e um pouco de drama que tanto me apraz.

sexta-feira, maio 19, 2006

Cowboy Bebop :: Yoko Kanno - Tank!



Alguém conhece alguma coisa sobre esse anime chamado Cowboy Bebop? Pois bem, é um daqueles desenhos animados japoneses que misturam um clima noir nostálgico/futurista com um caçador de recompensas bom de briga, uma ladra, um ex-policial com muitos contatos, uma menina hacker e um cachorro gênio. Além de todo o trabalho de roteiro, as cenas de ação e a continuidade entre episódios, Cowboy Bebop tem algo que os outros não. O pé na musica. E o pé na musica não fica apenas no título do desenho que remete ao estilo de jazz que surgiu nos anos 40 e que se contrapunha ao estilo das big bands. O título de cada episódio tem uma referência musical como por exemplo Sympathy for the devil, Bohemian Rhapsody, Honky Tonk Woman, etc. Não precisa dizer também que a trilha sonora do anime (5 cds ao todo se não me engano) é caprichado com jazz da melhor qualidade.

Yoko Kanno - Tank!

Essa á a musica tema do anime. E não tem muito o que falar sobre ela não... basta seguir o ritmo e se ligar no trompete do final. Bom pacas! (Não sei pela rádio vai dar a dimensão exata do negócio, quem quiser baixar um mp3 decente depois... recomendo.)

Obs.: Agradecimentos ao meu amigo Eric por ter me apresentado ao anime.

Você pode escutar essa musica na Rádio Posh-Punk

quarta-feira, maio 17, 2006

James Chance and the Contortions



Quem já ouviu falar no movimento No Wave que aconteceu no final dos anos 70?

Alguém já ouviu falar em uma tal de tal de James Chance?

E de uma tal de Lydia Lunch?

Pois bem, assim como aqueles que não fazem a menor idéia do que se trata o movimento No Wave, quem era James Chance ou Lydia Lunch.

Pois bem, vamos começar pelos nomes. James Chance, acompanhado pela banda The Contortions. Lydia Lunch. Chance, Cortortions e Lunch. Precisa dizer mais alguma coisa? Adoro esses nomes.

Vamos esquecer a nossa amiga Lydia Lunch, pelo menos por enquanto. Não conheço nossa amiga tão bem.

(Um pouco da história pra depois apreciar a obra. Isso não atrapalha o processo nesse caso)
James Chance and the Contortions foi formado em 1977 e era conduzi pelo saxofonista Chance. Chance, que nasceu com o nome de James Sigfried em Milwaukee, se mudou para Nova Iorque para tocar free jazz. Ele acabou se juntando à comunidade de vanguarda, formando a banda Contortions, adotando o sobrenome Chance e usando ternos excêntricos para tocar funk agressivo e caótico.

A banda acabou ganhando notoriedade pelos seus shows selvagens onde James Chance sempre arrumava briga com fãs.

Em 1979 eles gravaram seu primeiro LP Buy the Contortions de onde tiro a musica que colocarei na Rádio Posh-Punk.


James Chance – Contort Yourself

Lembro-me exatamente a primeira vez que ouvi essa musica. Estava no estágio quando Elton, meu amigo e colega de trabalho, falou: “Guilherme, dá uma escutada nisso aqui”. Não sei explicar bem por que gostei da musica. Parece que todos os instrumentos estão desencontrados, fora de ritmo. O saxofone parece um burro relinchando em horas inoportunas da musica. Sei que gostei na hora. No mesmo dia comprei uma mídia para gravar o mp3. Depois de escutar a musica pela terceira vez você consegue identificar melhor o que cada instrumento faz para compor a musica. A dica é: siga o baixo! Mas se você for escutar a musica pela primeira vez, boa sorte.

Essa é o hit do James Chance, no futuro quem sabe eu não poste outra musica e termine de escrever a sua história.

Você pode escutar essa musica na Rádio Posh-Punk

terça-feira, maio 16, 2006

Músicas Para Casais



Na última quinta-feira, dia 11, completei dois anos de namoro com a minha, como diz um amigo meu, “patroa”. Levando em contar que muitos casamentos não duram a metade disso (alguém lembra de Ronaldinho e Cicarelli?) posso considerar-me um experiente no assunto.

No entanto, este blog não é para dar conselhos amorosos. Se quiser isso vá até a banca mais próxima e compre uma daquelas revistas de mulher. De lambuja você ganha dicas de mais umas 780154 posições sexuais para apimentar a sua relação. Aqui o quê você vai encontrar são algumas músicas para certos momentos de uma relação amorosa. Quem namora entende.

Como tudo começa: Beatles - I Wanna Hold Your Hand:

No início da carreira os Beatles eram a “boy band” de sua época. Milhares de garotinhas histéricas gritavam por eles e suas baladas românticas. “I Want to Hold Your Hand” é uma dessas canções que faziam as jovens se derreterem. E se bem utilizada ainda fazem. É uma excelente forma de ser sutil e dizer o quê você quer. Além disso, a melodia é daquelas que os Beatles faziam com maestria para grudar na cabeça e não sair mais. Se você não ouviu (o quê acho muito difícil) ouça.

A Sós: Depeche Mode – Enjoy The Silence

Aprecie o Silêncio. É isso o quê diz essa bela música dos ingleses do Depeche Mode. Melhor do que qualquer “Filtro Solar” (aquele monte de frases bobas de auto-ajuda recitadas pelo Pedro Bial), ela nos lembra o quê é realmente importante quando estamos com quem amamos: estar com quem amamos. Como é dito na canção “Sentimentos são intensos/Palavras são triviais”, e assim, calo-me.

Entendendo o quê é o amor: Oasis – Who Feels Love?

Você começa a namorar e já acha que sabe o quê significa aquilo que todo mundo fala, e ninguém entende, chamado amor, certo? Isso só se compreende com muito tempo. Com dois anos, ainda estou na frase de aprendizado.

Mas Noel Gallagher nos ajuda um pouco. Em “Who Feels Love?”, do CD “Standing In the Shoulder Of The Giants”, ele nos dá uma grande pista: “Agora você entende que esta não é a terra prometida/ de que eles falaram”. Não é e nem nunca será. Simplesmente porque tudo o quê disseram era mentira, e cada um têm que descobrir sozinho o quê é o amor.

A proposta: David Bowie – Be My Wife

Raramente se chega a esse ponto. Mas se um dia acontecer comigo acho que o melhor é ser o mais direto possível. Exatamente o quê Bowie faz nessa música simples e direta, em que algumas poucas notas de um piano dão o sabor especial. “Por favor seja minha/ Divida minha vida/Fique comigo/Seja minha esposa”. São quatro versos curtos, objetivos e geniais.

O Fim: Joy Division – Love Will Tear Us Apart

Sempre acontece. Estava indo tudo bem, mas, de repente, acabou. É, o fim de um relacionamento é algo comum. Acontece mais do que maioria das pessoas gosta. Para Ian Curtis do Joy Division então, nem se fala. Seus relacionamentos contubardos foram um dos principais materiais utilizados para suas músicas. Inclusive para o maior sucesso de sua banda “Love Will Tear Us Apart”. Traduzindo para a língua de Camões, “O Amor Irá Nos Separar”.

Com um título desses, não é necessário nem falar muito mais do porquê dela representar o fim de relacionamentos. Só de saber que o quê deveria unir irá separar já basta para deixar qualquer um deprimido. Junte isso a voz melancólica de Curtis embalada por uma melodia triste (principalmente o teclado fantasmagórico), e você fará os mais sensíveis ficarem com os olhos vermelhos de tanto chorar.

Menção Honrosa: Leandro e Leonardo - Entre Tapas e Beijos:

Não, não sou do tipo que usa mulets (se quer saber melhor o que é vá nessa página engraçadíssima) e que grita “Ôôôô Peão!”. Além disso, detesto qualquer dupla que venha do interior de São Paulo ou do Centro-Oeste.

Então, por que “essa coisa” aqui? Porque minha mãe cisma que quando eu ficar velho, assim como ela, vou gostar de ouvir esse tipo de som (chamar de música já é demais). Já falei para ela que envelhecer não é sinônimo de ficar com mau gosto.

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Bem, ainda faltou muita coisa boa para entrar. Mas para não me estender mais do que já costumo fazer, pergunto a vocês, que músicas fazem parte de momentos dos seus relacionamentos? Ou então sugiram qualquer outra música que achem boa para alguma situação relativa a uma relação amorosa.



Ah, e não deixe de ouvir todas essas músicas (inclusive Leandro e Leonardo) na rádio Posh Punk!

segunda-feira, maio 15, 2006

Placebo - Meds



Apesar dessa capa de mal gosto, a banda multinacional Placebo continua fazendo boa musica. O primeiro CD Placebo de 1996 era rápido demais para ser dançado. O Seguinte, Without You I’m Nothing já apresentava Every you, Every me que cansou de tocar na boites e foi trilha sonora do filme Segundas Intenções. O resto do CD só hit de cabo a rabo, mas sem musicas dançantes: Pure Morning; You Don't Care About Us; Without You I'm Nothing; The Crawl; My Sweet Prince; Scared Of Girls; e Burger Queen. Talvez You Don't Care About Us seja dançante, mas não emplacou nas pistas. Na seqüência veio Black Market Music, mais eletrônico e ainda mais dançante com Taste In Men, Commercial For Levi e, o hit do CD, Special K.. Veio Sleeping With Ghosts com 3 musicas que não pararam de tocar na noite com: English Summer Rain, This Picture e o hit do CD Bitter End. Vamos pular a coletânea mesmo que ela conte com Protège Moi, uma versão de Protect Me From What I Want em francês que ficou melhor que a versão original.

Em Meds a fórmula continua (ainda bem). Umas musiquinhas pra dançar, umas baladinhas e umas musiquinhas estranhas pra manter o rótulo de cult, alternativo, etc.

Eu ia dançar toda quinta-feira. Não tenho mais feito isso. Vou então falar apenas das musicas dançantes do CD.


Song To Say Goodbye

Vou começar falando da melhor musica do CD que é a última musica do álbum e segue aquela mistura tradicional de guitarras e eletrônicos. Nada de surpreendente, mas muito bom. Seria engraçado se a banda não fizesse mais nenhuma musica depois dessa, mas é nessas horas que a gente torce para a vida não ter a menor graça.

Meds

Essa é a primeira musica do CD e conta com a participação da VV, vocalista do The Kills. Para quem não sabe que diabos é The Kills, não se desespere. The Kills é uma banda de um homem e uma mulher que surgiu na sombra do Whitestripes, tendo a vantagem de ter uma bateria eletrônica ao invés da Meg. Já ouvi o Cd e a única musica que chama a atenção é The Good Ones, o resto... eu não lembro, mas deve ser ruim. Mas voltando a musica, ela complementa muito bem a musica. Sem duvida uma bela participação nessa musica que tem uma guitarrinha nervosa.

Drag

Essa é a mais bobinha das musiquinhas dançantes, ainda assim fica acima da média. Arctic Monkeys, Frans Ferdinand e as demais bandinhas do momento tem muito ainda que aprender. Mesmo uma musica mediana do Placebo vale mais que essas modinhas. Placebo’s always ahead of the game, the others drag behind. As vezes eu queria que o rock saísse de moda novamente.


Você pode escutar essas musicas na Rádio Posh-Punk

sexta-feira, maio 12, 2006

Beer, rock and roll...



Quem me conhece sabe que não bebo...
... o que não me impede de apreciar musicas que falem sobre cervejas, álcool, bebedeiras, etc.

The Beer Song – South Park

Essa é uma adaptação dos criadores de South Park da ópera de Bizet Carmem para o desenho animado. A musica já era boa, com a letra do Matt Stone e do Trey Parker ficou irada, quero dizer hilária.

Rocky Road to Dublin – Dropkick Murphys

Essa musica me foi apresentada pelo meu amigo Newton e ele disse que lembrava um bando de irlandeses bêbados cantando. E é verdade. Tenho a mesma sensação. Eles tem outra musica chamada Irish Drinking Song que talvez se encaixe melhor no post, mas a musica não é tão legal.

Scoof – Nirvana

Nem precisa falar muito de Nirvana, né? Essa musica é do primeiro CD Bleach que custou apenas 600 dólares para fazer e que tem o baterista ruim, Chad Channing. “Gimme back my alcohol” é o tipo de verso que se repete e cola na cabeça e não cansa. Quem arrumar uma versão da musica ao vivo entende melhor a potencia da musica.

Conheça as musicas na Rádio Posh-Punk

Die Happy – O Anticlímax


Sábado de madrugada. Estava conversando com o Guilherme pelo MSN enquanto ele acabava de dar os toques finais na rádio Posh Punk. Eu falava meia dúzia de abobrinhas para mantê-lo acordado, já que não fazia idéia de como ajudá-lo com a rádio.

Nesse meio-tempo, conversa vai, conversa vem, ele citou uma serie de TV chamada “Inspetor Morse” da qual gostava muito. Ele falou que ela se baseava no anticlímax. Em um episódio, por exemplo, o inspetor investigava a morte de uma pessoa que parecia suicido. Mas ele acreditava que na verdade havia um assassino. Depois de muito investigar e buscar o culpado durante o episódio inteiro o inspetor Morse chegava à conclusão que o morto havia se matado mesmo.

Na mesma hora me surgiu a idéia de como seria o meu primeiro post nesse nosso blog musical. Iria começar então de forma anti-climática. Para isso, vou falar de música ruim, mais especificamente do CD “Beautiful Mornig” da banda alemã “Die Happy”.

O encontrei por acaso no supermercado Carrefour. Eu tenho mania de ficar procurando pechinchas e os supermercados são umas maravilhas para isso. Eles não fazem idéia do quê possuem em mãos. Entre as pérolas que já consegui estão CDs dos Beatles, Eric Clapton, Prince, entre outros, por módicos R$9,90. Mas se tiver uma oportunidade dessas não perca. Na outra semana um CD que custava R$ 15,00 pode estar até trinta mangos mais caro. Como falei, esses mercados não tem noção Até hoje não me perdôo de ter deixado passar o Greatest Hits do Neil Young por R$ 18,00. Comprei o mesmo disco depois na FNAC por 40 reais.

Ah, eu tinha que falar do disco da banda alemã. Já ia me esquecendo. Bem, é uma grande porcaria não valeu os dez reais que investi. Na capa dizia “O mais novo nome do Pop Metal alemão”. Bem, assim como o Inspetor Morse, eu deveria saber que, quando uma evidência está bem clara na nossa frente nós devemos saber identificá-la. E “O mais novo nome do Pop Metal alemão” só poderia significar uma coisa: bosta.
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O quê, você acha que eu só enchi lingüiça e não falei nada da banda? Bem, é só lembrar do tema do post.

De qualquer jeito, se você quer mais informações sobre a banda (eu não recomendo) acesse http://www.diehappy.de/ . Se entrar aí procure fotos da cantora. Ao menos ela é bem bonitinha.

quarta-feira, maio 10, 2006

Eles fizeram melhor que os Beatles



Geralmente quando se fala em Beatles, as pessoas pensam em garotos, terninhos, cabelos de tigela, etc, tudo banhado na nostalgia dos anos 60.

Pois bem, os anos 60 passaram, John Lennon morreu (Paul também?), e apareceram bandas que gravaram covers da banda que ficaram melhores que as originais.

Oasis – I am the walrus

Mais rápida e mais densa, a versão do Oasis tira a musica da categoria “engraçadinha” e a coloca em outro nível. A inveja do irmão de Liam Galagher e a parede de guitarra completam a musica que consegue se destacar em um CD (Masterplan) só de pérolas.

Stereophonics – Don’t let me down

Ao contrário da musica anterior, essa versão se destaca justamente por ser mais arrastada e mais minimalista. Kelly Jones com sua rouca e afinada, completam essa obra-prima da musica pop.

John Pizzarelli – Can’t buy me love

John Pizzarelli conseguiu mudar completamente a musica, transformando a em puro jazz. Isso não acontece apenas com o ritmo, mas também com o arranjo que abusa da big band para deleite dos que gostam.


Elas fizeram melhor que os Stones.

A versão da Polly Jean Harvey e da Bjork de Satisfaction é tão diferente da original que é difícil até compará-las. Só ouvindo.


E ele fez melhor que o Oasis

Wonderwall do Ryan Adams talvez também não seja melhor que a versão do Oasis, mas além de boa, achei que seria engraçado terminar esse post assim.

Você pode escutar todas essas musicas na Rádio Posh-Punk.

sábado, maio 06, 2006

Portishead - Clash de gerações



O estagiário de marketing da empresa para o qual trabalho sempre leva um iPod para ficar escutando musica. Recentemente descobri que ele nasceu no ano 86. Brinco que ele é pós “De volta para o futuro”, uma vez que o filme foi lançado em 85.

Pois bem, um dia notei que ele estava escutando Red Hot Chili Peppers. Alertei o rapaz o mal que escutar Red Hot Chili Peppers trás a cabeça e aos ouvidos. Perguntei se ele conhecia Portishead. Ele disse que não. No dia seguinte apareci com o disco Roseland NYC live e disse que o hit da banda era a musica 8 (Glory Box). Sei que o CD sentou durante alguns dias na mesa dele, comigo não é diferente. Ele fica lá e eu cá, até que um dia acabo pegando para escutar.

De qualquer maneira, depois de um mês, recebi meu CD de volta com o seguinte comentário: “Cara, Portishead é alternativo demais pra mim”. Tudo bem, eu já sabia que isso poderia acontecer. Essa garotada nova gosta mesmo é dessas coisas “animadinhas”. Acho que aos 20 anos, quando ouvi esse disco pela primeira vez se não me engano, já tinha uma mentalidade de velho.



Portishead é uma banda de Trip-hop/Electronica que basicamente faz musicas tristes. Este CD é uma coletânea dos dois CDs anteriores (Dummy, Portshead) que, além de ser gravado ao vivo, conta com uma orquestra de 35 peças que dá mais densidade às musicas. O destaque do CD fica com Glory Box que tem uma parada no meio onde a musica vai crescendo progressivamente que é fantástico. Na mesma musica Adrian Utley dá uma aula de como se deve usar um pedal de wah-wah, com calma e fazendo realmente valer o conceito de expression pedal.

Portishead Roseland NYC Live é um CD que deve ser ouvido.

  1. Humming
  2. Cowboys
  3. All Mine
  4. Mysterons
  5. Only You
  6. Half Day Closing
  7. Over Barrow
  8. Glory Box
  9. Sour Times
  10. Roads
  11. Strangers

Galeria de fotos

Essa semana Portishead está tocando na Rádio Posh-Punk.