quinta-feira, maio 25, 2006

Homem é encontrado em banheira de motel sem os rins.

















Segundo a Wikipedia, (a enciclopédia livre da internet, para quem não conhece), lendas urbanas “são pequenas histórias de caráter fabuloso ou sensacionalista, amplamente divulgadas de forma oral, através de e-mails ou da imprensa e que constituem um tipo de folclore moderno. São freqüentemente narradas como sendo fatos acontecidos a um "amigo de um amigo" ou de conhecimento público”. O título desse post é o de uma famosa lorota que circulou pela internet há alguns anos atrás.

A mais famosa lenda urbana que conheço é a de que o Brasil é um “país do futuro”. Se não temos nem passado e, muito menos, presente, como podemos ter um futuro? Bem, mas isso não vem ao caso, foi só um exemplo para ilustrar.

A segunda maior que eu já ouvi é a de que a Legião Urbana é a melhor banda de rock deste país sem “foi”, “é” ou “será”. Você já deve ter ouvido também. Quase dá para acreditar. Quem conta demonstra uma sinceridade inocente que às vezes até pode deixar em dúvida. Mas não se iluda, é mentira. Ou melhor, lenda.

Até dá para entender que isso acontecesse nos imortais (quando vão acabar com esse revival ruim, hein? Já perdeu a graça) anos 80. O negócio estava tão russo por aqui que pegaram o Renato Russo (desculpem o péssimo trocadilho) para ícone de uma geração.

Tudo bem, comparando com outros contemporâneos como Biquíni Cavadão, Capital Inicial, Engenheiros do Havaí, e Kid Abelha, até que a Legião Urbana era das menos fraquinhas mesmo (mas o Ultraje à Rigor era disparado o melhor). O problema é que, vinte anos depois, Renato Russo foi alçado ao posto de “poeta” e seu grupo virou um “ídolo” de adoração para muitos.

Nem tenho nada contra a banda. Algumas músicas como “Tempo Perdido” e “Vento no Litoral” até me agradam e eu gosto. Só que, diferente do que dizem, Renato está longe de ser um mestre da poesia. Sim, eu ouvi as letras (fã de Legião sem argumento sempre vem com essa de “ver a letra”). A de “Vamos Fazer Um Filme” é essa maravilha aqui: “O sistema é mau, mas minha turma é legal/Viver é foda, morrer é difícil/Te ver é uma necessidade/Vamos fazer um filme.” Com certeza eu não faria um filme com o Renato Russo.

Ele é mais um contador de estórias. Algumas engraçadinhas como “Eduardo e Mônica” e outras que ficariam melhores em um livro (mas eu não compraria de jeito nenhum) como “Faroeste Caboclo”.

Para ser sincero, a mídia e os fãs é que são “culpados” por essa “idealização” toda. Os músicos só queriam fazer o som deles e pronto, não se propunham a ser geniais ou coisa do tipo. Só que os meios de comunicação disseram que é “excepcional”, “de qualidade indiscutível”, “grandes artistas” e aí uma meia dúzia de zés -manés acreditou e espalhou a fofoca. Pronto, virou lenda.

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Quer tirar a prova dos nove sobre as músicas do Legião Urbana? Então ouca-as aqui mesmo na Rádio Posh Punk e depois diga se concorda ou não comigo.

4 comentários:

Anônimo disse...

como assim, falar mal do maior poeta nacional?! o renato toca a alma de muitos, como eu, e dizer q ele era fraquinho?! aff! e eu nem sou de idolatrar ninguem... e eu não preciso tirar a prova dos nove.
acho q vc sabe quem está escrevendo1

Gui disse...

Gosto de Legião, mas acho bobeira idealizar a banda como fazem os fãs (só falta igreja e partido político).

Fazer a prova dos 9 em qualquer pessoa em sempre uma boa idéia, principalmente quando está se tornando uma unanimidade.

Renato Russo devia ser uma mala sem alça. Quem leu a sua biografia escrita pelo Dapieve sabe do que estou falando.

Anônimo disse...

É exagerado esse culto criado em torno do Legião Urbana. Como também o é em relação ao Raul Seixas. Gosto dos dois, tenho vários CDs (do Raul, tenho todos), mas não concordo com esse messianismo, ainda que na obra dos dois constem alguns verdadeiros "hinos" da música brasileira. Mas, como Raul Seixas também não é nenhum profeta, nem Renato Russo nem Cazuza (outra lenda?) podem ser considerados poetas; são, quando muito, porta-vozes de uma geração, pelo menos de um determinado segmento de uma geração. Agora, meu caro, dizer que o Ultraje foi o melhor de todos, aí já é demais.
Abs.
CEM

Anônimo disse...

hahahahhaa!!!! Raphael puxando polêmica!!!!!! É um depravado mesmo!!!!!!! Querendo usar isto aqui como trapolim cibernético para içar vôos pela crítica jornalística!!!!!ohohohoho!!!!!!
Seu Zé, não gosto muito de legião urbana, mas não acredito que o sucesso deles se deva a um empurrãozinho da mídia. Muito menos a mídia gosta tanto deles assim. O reconhecimento que eles tem se deve a um relatar situações, com certo lirismo, incomum entre os nossos jovens artistas, ou velhos também, da nossa tão sólida e necessária classe média Brasileira. E nisso eles vigaram. Cantaram a vida e os dilemas de nós, filinhos de papai, e nós retribuímos com nossa voz e poder de compra.