O estagiário de marketing da empresa para o qual trabalho sempre leva um iPod para ficar escutando musica. Recentemente descobri que ele nasceu no ano 86. Brinco que ele é pós “De volta para o futuro”, uma vez que o filme foi lançado em 85.
Pois bem, um dia notei que ele estava escutando Red Hot Chili Peppers. Alertei o rapaz o mal que escutar Red Hot Chili Peppers trás a cabeça e aos ouvidos. Perguntei se ele conhecia Portishead. Ele disse que não. No dia seguinte apareci com o disco Roseland NYC live e disse que o hit da banda era a musica 8 (Glory Box). Sei que o CD sentou durante alguns dias na mesa dele, comigo não é diferente. Ele fica lá e eu cá, até que um dia acabo pegando para escutar.
De qualquer maneira, depois de um mês, recebi meu CD de volta com o seguinte comentário: “Cara, Portishead é alternativo demais pra mim”. Tudo bem, eu já sabia que isso poderia acontecer. Essa garotada nova gosta mesmo é dessas coisas “animadinhas”. Acho que aos 20 anos, quando ouvi esse disco pela primeira vez se não me engano, já tinha uma mentalidade de velho.
Portishead é uma banda de Trip-hop/Electronica que basicamente faz musicas tristes. Este CD é uma coletânea dos dois CDs anteriores (Dummy, Portshead) que, além de ser gravado ao vivo, conta com uma orquestra de 35 peças que dá mais densidade às musicas. O destaque do CD fica com Glory Box que tem uma parada no meio onde a musica vai crescendo progressivamente que é fantástico. Na mesma musica Adrian Utley dá uma aula de como se deve usar um pedal de wah-wah, com calma e fazendo realmente valer o conceito de expression pedal.
Portishead Roseland NYC Live é um CD que deve ser ouvido.
- Humming
- Cowboys
- All Mine
- Mysterons
- Only You
- Half Day Closing
- Over Barrow
- Glory Box
- Sour Times
- Roads
- Strangers